500 research outputs found

    Attachment, emotion regulation and coping in Portuguese emerging adults: a test of a mediation hypothesis

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    Although the quality of parent-adolescent emotional bonds has consistently been proposed as a major influence on young adult's psycho-emotional functioning, the precise means by which these bonds either facilitate or impede adaptive coping are not well-understood. In an effort to advance this inquiry, the present study examined interrelationships among measures of parental attachment, emotion regulation processes, and preferred coping strategies within a sample of 942 college freshmen. Structural Equation Modelling was used to test whether the link between attachment to parents and the use of particular coping strategies is mediated by differences in emotion regulation mechanisms. As hypothesized, differences in attachment to parents predicted differences in the use of emotion regulation mechanisms and coping strategies. More specifically, having a close emotional bond, feeling supported in autonomy processes and having (moderately) low levels of separation anxiety toward parents predict more constructive emotion regulation mechanisms and coping strategies. Additionally emotion regulation was found to (partly or totally) mediate the association between attachment and coping

    A CSR and communication strategy for Worten

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    Field lab in marketingThe aim of this work project is to suggest a corporate social responsibility and communication strategy with a central element: a social responsibility mechanic focused on the Christmas period for Worten, the retail leader in home appliance and consumer electronics in Portugal. To identify consumers’ perceptions regarding corporate social responsibility, Worten and the willingness to participate in the proposed activities, qualitative and quantitative researches were conducted within the adoption of the Creative Business Idea model. The strategy proposal is based on the support of local communities and of social strata vulnerable to the current crisis through the partnership with a national NGO with local delegations. Cause promotion, cause-related marketing and community volunteering are the tools used to pursue the CSR strategy proposal

    Community integration and shame of mental health problems, in a group of psychiatric patients from the Azores, Portugal

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    7th World Congress of Cognitive and Behavioural Therapies, "Bringing Cultures Together for a Better Quality of Life". Lima, Peru July 22-25, 2013 (Poster).O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de se perceber a influência do estigma na integração comunitária de uma amostra de indivíduos com problemas psiquiátricos da Região Autónoma dos Açores- Portugal.N/

    Intra-industry trade expansion and employment reallocation between sectors and occupations

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    This paper re-examines the relationship between trade and labour market adjustment costs by explicitly considering the effects of occupational mobility. We investigate the hypothesis that intra-industry trade expansion entails lower adjustment costs than inter-industry trade expansion—the so-called Smooth Adjustment Hypothesis (SAH). This paper makes two new contributions. First, the introduction of a new adjustment variable that considers reallocation between sectors and occupations. Second, a test of the SAH using panel data with relevant trade and non-trade control variables, which overcomes some of the methodological limitations of former studies. The results suggest a confirmation of the SAH and stress the importance of considering the effects of worker moves between occupations in the study of trade-induced adjustment

    Communication between healthcare professionals and people with dementia: is deception an act of care? Integrated Literature Review

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    Introduction: With the great development and consequent investment on healthcare we’ve witnessed in the last decades, there are many chronic diseases gaining relevance, compromising the quality of life in older ages. Dementia is one of the responsible for this; demanding more resources, more medical attention and, consequently, the need to have good communication between health practitioners and patients. Their memory issues and compromised communication capabilities are translated in many behaviour changes. Understanding their needs is a challenge healthcare is currently not ready to satisfy, making it a subject in need of more attention in our society, and therefore worth of analysing what is currently being done. Methods: This integrated literature review analyses studies published from 01/09/2011 to 01/10/2022 focused on the application of deception in PWD, done by healthcare professionals. The Pubmed, Scopus, Web of Science and Scielo databases were consulted, and studies that met the defined inclusion criteria were included: studies in Portuguese, English or Spanish; with full text available; clearly targeting PWD of any aetiology, where the concept of lying associated to deception was mentioned, connected with the healthcare professionals’ role. Results: The analysed studies suggest that the process of deception, especially the therapeutic lying, is not well seen between healthcare professionals due to the moral and legal implications, but that it’s rather common throughout the facilities caring for PWD. There have been some guidelines suggested over the years, but they didn’t gather the necessary attention, as there is no legal support, nor enough rapport from the implied PWD as well. It’s seen how it’s considered condonable when looking at the situation from a patient-centred care point of view. Discussion: Given these results, there must be an open discussion about the terms of “deception” and “therapeutic lying” in their application of PWD and their particularities. The taboo around these terms has also to be addressed. More than the moral definition of these words, it’s also needed some legal guidelines, to protect both sides, and ensure PWD have the respect and dignity they need and deserve in their own specific current situation, by validating them, establishing meaningful relationships with them, where they don’t feel inferior, increasing their quality of life.Introdução: Entre os grandes avanços tecnológicos que temos vivenciado nas últimas décadas, e o consequente investimento nos cuidados de saúde, a população está a alcançar idades mais avançadas de vida. Assim, há muitas doenças crónicas a ganhar relevo, comprometendo a qualidade de vida nestas idades. A demência, como um todo, é uma das principais responsáveis, uma vez que engloba uma deterioração cognitiva que se observa em diferentes domínios, e que se reflete em problemas a nível da memória a curto prazo, personalidade, comportamento e, consequentemente, um comprometimento da capacidade de comunicação destes indivíduos. Tal leva a uma crescente exigência no número de recursos, na quantidade de atenção médica, e, consequentemente, na necessidade de se estabelecer uma melhor conexão entre pacientes e profissionais de saúde, que permita uma comunicação mais eficaz. Entender as suas necessidades, as suas dores, é um desafio para o qual os nossos serviços de saúde não estão ainda preparados. Como tal, é um assunto a necessitar de mais atenção social, merecendo a pena analisar o que tem sido feito. É aqui que se introduzem os conceitos de deceção e mentira terapêutica. A existência das Pessoas com Demência no seu próprio plano de realidade leva à necessidade de outras ferramentas de aceitação da sua realidade. A aceitação da deceção e mentira não é isenta de críticas, abrindo portas a importantes discussões sobre o que é moralmente correto, sobre o que pode ser uma aceitação do Paternalismo médico, e sobre o que são verdadeiramente cuidados centrados no paciente. Com este estudo pretendemos, primeiramente, sistematizar os estudos existentes que abordam o conceito de deceção e mentira terapêutica em Pessoas Com Demência, quando praticada por profissionais de saúde. Esta sistematização foca-se na avaliação dos pensamentos de Pessoas Com Demência e dos seus cuidadores no assunto, bem como na avaliação destes nos profissionais de saúde, identificando as suas razões e motivos de relutância para admitir a prática da mentira. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrada de literatura sobre estudos publicados desde 01/09/2011 até 01/10/2022, sobre deceção em Pessoas Com Demência. Foram consultadas as bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science e Scielo, tendo sido incluídos os estudos que cumprissem os seguintes critérios: estudos em Português, Inglês ou Espanhol, com o texto completo disponível, centrados em pessoas com demência de qualquer etiologia, onde o conceito de mentira associado a deceção estivesse mencionado em conexão com o papel dos profissionais de saúde. Resultados: Os estudos analisados sugerem que o processo da deceção - sobretudo a mentira terapêutica - não é bem visto entre profissionais de saúde devido às suas implicações morais e legais; mas revela ser bastante comum nas instituições de cuidados a pessoas com demência. Houve, ao longo dos anos, a sugestão de algumas linhas de orientação, mas estas não obtiveram a atenção necessária, também por falta de apoio legal e de comunicação com as pessoas implicadas. Observa-se que há alguns a considerar algo tolerável, olhando para o processo como cuidados centrados no paciente. Discussão: Os resultados revelam ser necessária uma discussão aberta sobre os termos de “deceção” e “mentira terapêutica” quando aplicados a pessoas com demência e às suas respetivas particularidades. O tabu à volta destes termos tem de ser reconhecido. Mais que a definição moral destes termos, são precisas algumas orientações legais, para proteger os intervenientes, e garantir que as pessoas com demência têm o respeito e dignidade que precisam e merecem nas suas situações atuais em específico. A conexão que os profissionais de saúde estabelecem com as Pessoas Com Demência, a intenção com que praticam um ato decetivo, o foco que têm em mente quando o fazem, são tudo fatores que têm implicações quando tal se torna necessário. A mitigação do stress em Pessoas Com Demência, a validação destas numa conversa, por escuta ativa, permitindo-lhes manter a sua dignidade como interlocutores profícuos, possibilita a sua existência no fim de vida com maior qualidade de vida, mais bem-estar, e com melhores ligações estabelecidas com os cuidadores formais que as rodeiam

    Social Networks and Cultivated Plants: Exchange of Planting Materials and Knowledge

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    Este artigo discute a dinâmica de trocas e importação de plantas cultivadas feitas pelos Wajãpi, grupo indígena que vive nas bacias dos rios Amaparí e Jarí na Amazônia brasileira. A história dos Wajãpi é permeada por intensas relações de trocas entre subgrupos Wajãpi, com outros grupos indígenas e, mais recentemente, com não-índios, sendo as espécies cultivadas um objeto de vivo interesse nessas relações. Parto de dados sobre os sistemas de classificação nativos das plantas cultivadas para reconstruir a dinâmica e os padrões de relações sociais internas a esse grupo, bem como suas alteridades. Procuro desvendar assim, uma intricad rede de trocas e comércio não apenas de espécies e variedades cultivadas, mas também dos saberes a elas associados. Por sua vez, esses cultivares e saberes associados guardam um alto valor cultural justamente por suas origens sociológicas, o que movimenta essa rede de trocas. This paper discusses the exchange of plant cultivars among the Wajãpi, an indigenous group that live between the Amaparí and Jarí rivers in the Brazilian Amazon. The history of this group is permeated by intensive relations of plants interchange among Wajãpi subgroups, other Indians groups and, recently, with non-indigenous groups. The trade of cultivated plants has an important role in the life of the Wajãpi. Based on research on native classification systems of cultivated plants utilized by the Wajãpis, I recontruct the dynamics and patterns of social relations unveiling a complex network of trade of cultivated plants as well as of the knowledge associated with them. These cultivars and this knowledge are so highly valued precisely due to their sociological origins, as they put in motion this network of exchanges

    Porphyrins analysis in biological fluids: development and application of different methodologies

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    Tese de mestrado em Biologia Humana e Ambiente, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2017A exposição a metais pesados, tais como o chumbo, arsénio e manganês, constitui uma potencial ameaça para a saúde humana. A persistência destes metais no meio ambiente, juntamente com o seu uso intensivo pelas sociedades modernas, tem ao longo dos anos vindo a aumentar significativamente. Esta exposição pode ocorrer através do ar, alimentos ou água contaminada, e varia com o tipo de metal e com o nível de exposição a que estamos sujeitos. A toxicidade dos metais pesados reside essencialmente na formação de espécies reactivas de oxigénio, que desempenham um papel determinante para o desenvolvimento de efeitos adversos, tais como efeitos neurotóxicos e cancerígenos. O desenvolvimento de biomarcadores, que possibilitem a detecção de exposições continuadas, e/ou elevadas a metais pesados, e que possam assinalar atempadamente o aparecimento de efeitos adversos na fase inicial, enquanto o efeito tóxico for ainda reversível, é essencial para a saúde humana. Alguns metais interferem em pontos-chave da via metabólica da síntese do heme, alterando a excreção de porfirinas e de ácido delta-aminolevulínico (ALA) na urina; e promovem a oxidação das porfirinas reduzidas (porfirinogénios), que irão acumular-se em tecidos alvo, causando efeitos tóxicos no organismo. Concentrações urinárias de ALA superiores a 15 mg/L urina, podem provocar danos cerebrais em trabalhadores expostos, alucinações e convulsões. Neste sentido, o perfil de porfirinas e a concentração de ALA na urina são considerados biomarcadores de exposição e efeito para metais pesados. As porfirinas são compostos macrocíclicos, que desempenham um papel preponderante no metabolismo dos organismos vivos, participando em processos como a fotossíntese e transporte de oxigénio. No organismo, uroporfirina (uro), heptaporfirina (hepta), hexaporfirina (hexa), pentaporfirina (penta) e coproporfirina (copro) são produzidas em excesso, e por isso excretadas normalmente pela urina e fezes, em determinadas concentrações. No entanto, a excreção de porfirinas urinárias pode ser anormalmente elevada devido a vários factores: doenças como as porfirias, ingestão de determinados fármacos, e exposição ambiental a químicos, em particular metais pesados. Considerando as características estruturais e químicas das porfirinas é possível desenvolver métodos que permitam a sua extracção dos fluidos biológicos, e a sua posterior identificação e quantificação, possibilitando obter o perfil de porfirinas de cada indivíduo. A detecção de porfirinas através de métodos espectrofotométricos é eficaz e frequentemente utilizada, uma vez que estas apresentam um espectro característico com bandas na região do visível (400 a 750 nm), correspondentes à banda de Soret e bandas Q. Posteriormente, através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), foram desenvolvidos métodos altamente sensíveis que permitem a separação e identificação das várias porfirinas e a determinação da sua concentração em amostras biológicas. Novos e mais eficientes métodos que permitam uma melhor extracção e quantificação das porfirinas em diferentes fluidos biológicos, são necessários. O desenvolvimento de condições e meios de conservação eficazes, sem exporem as porfirinas a ambientes que interfiram com a sua fluorescência e absorvência, são igualmente necessários. Estes métodos serão uteis para melhorar o diagnóstico diferencial das porfirias, e aumentar a sensibilidade e especificidade das porfirinas como biomarcadores. Este trabalho teve como objectivos determinar as melhores condições de preservação de porfirinas em amostras de urina e avaliar vários métodos de extracção e quantificação de porfirinas, tendo em vista a obtenção de resultados mais rigorosos. Também, através da análise do perfil de porfirinas e do nível de ALA na urina de cada indivíduo, propomos biomarcadores de exposição e efeito, em subpopulações expostas em diferentes contextos de exposição a metais Amostras de urina de voluntários saudáveis, foram recolhidas e guardadas nas mesmas condições de temperatura (4º, -20º e -80 ºC), armazenamento (em alíquotas ou pool) e sem ou com conservantes (Na2CO3 ou HCl) ao longo de 90 dias. O perfil urinário de porfirinas determinado por HPLC, de cada amostra armazenada na respectiva condição, foi obtido no dia de recolha (dia 0), ao fim de uma semana (dia 7), ao fim de um mês (dia 30) e três meses depois (dia 90). Ao comparar as concentrações de porfirinas nas mesmas amostras em diferentes condições de conservação, é possível identificar quando houve perdas/ganhos de concentração de uro, hepta, hexa, penta e copro, em relação ao dia 0. As condições que não revelem diferenças significativas (p>0.05) são consideradas condições óptimas de conservação. Copro conseguiu manter-se estável a -20ºC e hepta a -80 ºC durante 90 dias, sem a adição de conservantes às amostras de urina. Na presença de Na2CO3, a copro permaneceu estável a -20 ºC e -80ºC e a hexa a -80 ºC, ao longo de 90 dias. Quando se utilizou HCl, a fracção uro manteve-se estável a -80ºC durante 90 dias. As amostras conservadas com Na2CO3 e HCl apresentaram concentrações mais estáveis ao longo do tempo do que amostras sem conservante. As amostras armazenadas em alíquotas apresentaram menos diferenças significativas de concentração em comparação com as denominadas de pools de urina. O método de Soulsby (1974) permite quantificar a concentração total de copro em urina, enquanto que o método de Elder (2001) permite quantificar a concentração de porfirinas totais, ambos através de espectrofotometria UV-Vis. A principal diferença entre os métodos, é que o método Soulsby utiliza éter e vários passos de extracção, enquanto o método Elder apenas acidifica a urina com HCl, não havendo qualquer extração. De forma a estudar cada método, utilizámos padrões de copro I e copro III e uro I para obter os respectivos espectros em UV-Vis, quando aplicados em matriz de água e urina. Também analisámos uma mistura equimolar constituída pelos 3 padrões. Analisámos 55 amostras de urina de indivíduos saudáveis, pelos métodos de Soulsby, Elder e HPLC como forma de comparar os diferentes métodos e inferir sobre a qualidade de resultados. O método de Soulsby falhou na extracção e quantificação de uro I, mas foi bem-sucedido para a copro I e III. O método de Elder permitiu quantificar os padrões de copro e uro, individualmente e sob a forma de mistura de padrões. Os métodos de Soulsby e HPLC apresentaram uma relação linear, ainda que fraca (R2=0,268), para a determinação de copro total na urina. Quando comparados, os métodos de Elder e HPLC para a análise de porfirinas totais, estes também apresentaram uma fraca relação linear entre si (R2= 0,086). Na última parte do trabalho, foram voluntariamente cedidas amostras de urina de 63 indivíduos de uma amostra de população portuguesa, divididos em vários grupos de acordo com o nível e forma de exposição a metais pesados: pessoas que vivem numa cidade de uma ilha portuguesa (Grupo I), pessoas que vivem numa grande área urbana (Grupo L), mineiros (Grupo M), pessoas que vivem numa área rural (Grupo A), técnicos hospitalares de Raios-X (Grupo R), pessoas que vivem numa área urbana não-industrializada (Grupo S), pessoas que vivem numa área urbana industrializada (Grupo V) e fumadores (Grupo F). Determinámos o perfil urinário de porfirinas por HPLC e os níveis de ALA na urina por um método colorimétrico. Estes valores foram combinados usando análise discriminante para criar um modelo capaz de identificar se um individuo tem um contexto de exposição igual a uma área/grupo específico. Estes biomarcadores foram posteriormente integrados em procedimentos preditivos recorrendo a ferramentas estatísticas. Aplicaram-se 3 procedimentos preditivos: o primeiro combinando todos os grupos com excepção do grupo I; o segundo, combinando apenas os grupos expostos ambientalmente (Grupo L, A, S e V), e o terceiro considerando apenas os grupos expostos activamente (Grupo M, R e S). Pela combinação dos biomarcadores determinados, o primeiro procedimento, apenas conseguiu classificar correctamente 76,8% dos individuos. No segundo procedimento, já foi possível classificar correctamente 96,8% dos indivíduos expostos ambientalmente nos diferentes contextos, em áreas urbanas industrializadas e não-industrializadas, numa área rural e numa grande área urbana, de Portugal. No terceiro procedimento, a discriminação de indivíduos expostos activamente a metais pesados de forma ocupacional (mineiros ou técnicos de Raios-X) ou estilo de vida (fumadores), foi alcançada com uma classificação de 100%. Do nosso estudo podemos concluir que para garantir a conservação de todas as porfirinas, especialmente as copro e uro, é necessário adicionar um conservante. Enquanto o Na2CO3, aumenta o pH do meio e conserva os analitos sob a forma de porfirinogénios, o HCl, acidifica a urina e promove a conversão de porfirinogénios a porfirinas. Sugerimos ainda que as amostras sejam armazenadas em alíquotas para garantir uma maior estabilidade das porfirinas urinárias. Este trabalho veio confirmar que a uro não é solúvel em éter, e por isso os métodos espectrofotométricos que o utilizem na extração não o conseguem quantificar. No entanto, estes métodos já são eficazes para análises de copro. As porfirinas totais conseguem ser detectadas em urina acidificada com HCl por espectrofotometria UV-Vis, e estimadas quantitativamente. O método de preferência deve ser HPLC, uma vez que permite a separação de cada porfirina e a sua quantificação individual, mas os métodos espectrofotométricos podem ser utilizados para uma análise rápida e preliminar. A combinação dos perfis de porfirinas com os níveis de ALA na urina pode ser utilizada como biomarcador de exposição e efeito de metais pesados, na amostra de população estudada, uma vez que os resultados dos procedimentos preditivos foram satisfatórios. A aplicação destes biomarcadores pode ser uma ferramenta útil para prever o tipo de exposição e a magnitude dos efeitos tóxicos provocados pelos metais em populações expostas, sendo por isso necessário continuar a investir no estudo das porfirinas e nas suas aplicações em Toxicologia Preditiva.Throughout our lives we are simultaneously exposed to single or multiple sources of metal mixtures in environmental or occupational contexts. Lead (Pb), Arsenic (As) and Manganese (Mn) are classified as human carcinogens and may also cause neurotoxic effects. These metals induce porphyrins and delta-aminolevulinic acid (ALA) accumulation, that results from the interference at specific points of the heme synthetic pathway. For this, porphyrins and ALA can be used as biomarkers of exposure and effect, contributing to prevent the risk of neurotoxicity in human populations. The aim of this work was to determine the best preservation conditions of urinary porphyrins and the most accurate method of extraction and quantification of specific and total porphyrins. We also intended to provide biomarkers for heavy metals, through the characterization of urinary porphyrins profiles and urinary levels of ALA, in a Portuguese sub-population sample. We experienced various storage conditions (aliquots or pools subjected to freeze-thaw cycles), different temperatures (4ºC, -20 ºC and -80 ºC), and two different preservatives, over time. The addition of a preservative, like HCl or Na2CO3, to urine aliquots preserved at -80ºC succeeded to stabilize uroporphyrin (uro) and coproporphyrin (copro) for at least 90 days. Through the analysis of copro (I and III) and uro (I) standards we conclude that spectrophotometric methods, that use ether to extract the porphyrins from urine, are not effective for uro determination, while copro, uro and total porphyrin can be detected in acidified urine by spectrophotometry, without extraction. However, HPLC should be the method of choice, once the various porphyrins are able to be separated and individually quantified through this method. We combined the urinary porphyrin profiles and ALA levels of 63 subjects, using discriminant analysis, to create a model aiming to identify whether an individual is in an exposure context according with a specific area/group. It was possible to correctly classify 96,8% of individuals environmentally exposed to metals in an urban, rural and industrial context, and 100% of the individuals actively exposed to metals (workers or smokers). The investigation of porphyrins and their precursors seems to provide tools for the development of Occupational Toxicology, highlighting predictive biomarkers of effect, and consequently the improvement of public health

    Como são vistos os problemas de saúde mental : A perceção de indivíduos com e sem perturbações psiquiátricas sobre o estigma e as atitudes negativas perante os problemas de saúde mental

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    V Roteiro de Saúde Mental “Dignidade em Saúde Mental”. Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, 10 de outubro de 2016 (Poster).O desconhecimento referente aos problemas de saúde mental levou a que ao longo dos tempos tenham sido alvo de crenças inapropriadas (Corrigan, 2010). À medida que se foram descobrindo e desenvolvendo novos conhecimentos sobre a saúde mental, estas crenças foram-se alterando (Manderscheid, Ryff, Freeman, McKnight-Eily; Dhingra & Strine, 2010), no entanto, o estigma manteve-se (Schomerus, 2012), sendo que as pessoas com problemas desta natureza continuam a estar sujeitas a perceções negativas, geralmente caracterizadas por medo, estigma, rejeição, exclusão e desvalorização (Link, et al., 1997). O estigma para com pessoas com problemas psiquiátricos é considerado um dos principais obstáculos para a procura de apoio médico (Corrigan, 2004; Ghai, Sharma, Sharma & Kaur, 2013); recuperação e integração social (Corrigan, Markowitz and Watson, 2004), produzindo efeitos muito negativos no seu bem-estar (Perlick, 2001), na qualidade de vida (Corrigan, 2010) e nas relações sociais e familiares (Leff & Warner, 2008) destes indivíduos. Devido ao exposto anteriormente, Rüsch e colaboradores (2010) consideram que o estigma poderá ter consequências mais graves do que as dificuldades decorrentes dos sintomas da própria doença. De acordo com os resultados de um estudo longitudinal Whitly e Campbell, 2014) as pessoas com doença mental grave, com o passar o tempo vão aprendendo a lidar com o estigma que lhes é dirigido, tomando várias medidas para antecipar, prevenir e evitar o mesmo. Um dos fatores que favorece as atitudes relativas aos problemas psiquiátricos é a familiaridade e conhecimento da doença mental, visto que vários estudos sugerem que quanto maior o contacto com pessoas com estes problemas, mais positivas tendem a ser as atitudes perante esta problemática (Carigan et al., 2001 e Dessoki & Hifnaw, 2009, Vezzoli et al., 2007). Torna-se, premente continuar a profundar o conhecimento neste âmbito, visto que vários estudos consideram que o conhecimento deste fenómeno é um pré-requisito vital para a criação de programas eficazes de educação em saúde mental e de combate ao estigma (Vezzoli et al., 2007). Deste modo, o presente estudo tem como objetivo analisar a perceção que indivíduos com e sem perturbações psiquiátricas revelam sobre o estigma e as atitudes relacionadas com os problemas desta natureza.N/

    Test yourself to be the best : implicações do auto-criticismo na ansiedade face aos testes

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    V Roteiro de Saúde Mental “Dignidade em Saúde Mental”, 10 a 14 de Outubro de 2016, Ponta Delgada, Açores (Poster).Enquadramento teórico: A ansiedade deriva da experiência de medo e apreensão relacionada com a antecipação de um perigo ou a confrontação com estímulos estranhos ou ameaçadores e determina, no individuo, um estado de tensão e desconforto subjetivo. Mais especificamente, a ansiedade face aos testes/avaliações é tida como um estado emocional experienciado na execução de avaliações envolvendo fatores cognitivos, afetivos e comportamentais que explicam a apreensão dos alunos neste contexto, podendo conduzir ao insucesso e abandono escolar. A ansiedade social, onde se insere a ansiedade face aos testes, parece sofrer a influência de várias variáveis psicológicas, das quais se realça o auto-criticismo que se constitui como um fator de vulnerabilidade no desenvolvimento e manutenção deste quadro psicopatológico. Objetivos: A presente investigação tem como objetivo estudar a relação entre a ansiedade face aos testes e o auto-criticismo numa população adolescente da ilha de São Miguel. Participantes: Participaram no estudo 535 alunos do 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, com idades compreendidas entre os 10 e os 20 anos. Registou-se um total de 297 participantes do sexo feminino e 238 do sexo masculino. Instrumentos: Ficha de caracterização sociodemográfica; Questionário Face aos Testes; Escala de Formas do Auto-criticismo e Auto-tranquilização. Procedimentos: A escolha das escolas e das turmas a participar no estudo foi realizada de forma aleatória. Os dados foram recolhidos em contexto sala depois de garantidas todas as autorizações necessárias para a realização do estudo. Para o tratamento dos dados recorreu-se à estatística descritiva e inferencial. Resultados: Verificou-se a presença de correlações estatisticamente significativas entre a ansiedade face aos testes e o auto-criticismo. Conclusão: Face aos resultados salienta-se a importância do auto-criticismo no funcionamento do sujeito, bem da importância de se incorporar em contexto psicoterapêutico a aprendizagem e o desenvolvimento de competências ligadas ao coping face ao fracasso.N/
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